sábado, 21 de maio de 2011

Amazon está chegando ao Brasil. E não vai vender só livros

 

 Maior varejista eletrônica do planeta prepara entrada no mercado nacional pelo setor de livros. Mas ninguém acredita que vai ficar só nisso. 

A Amazon está aportando no Brasil. A maior varejista eletrônica do mundo deve iniciar sua operação por aqui no fim deste ano ou no início de 2012. Para isso, já negocia com editoras brasileiras a conversão, em grande escala, de títulos nacionais em e-books, além de vender por aqui seu leitor de livros digitais, o Kindle. "Estamos em contato com o emissário da Amazon. E ele está conversando com várias editoras locais", revela Sérgio Machado, presidente da Record, uma das maiores empresas do setor editorial no país. Mas a Amazon não vive só de livros. Ao contrário. No ano passado, suas vendas nesse segmento (reforçadas por discos, consoles de games, software e downloads) foram responsáveis por menos da metade do faturamento de 34 bilhões de dólares da empresa – que atualmente vende itens tão diversos quanto acessórios automotivos e ervas para gatos.
A companhia americana confirma que tem "planos para o Brasil", mas guarda segredo sobre eles. Há três meses, o interlocutor com as editoras locais é o peruano Pedro Huerta, que trabalhou na prestigiosa editora americana Randon House. Ele conduz negociações a partir de Nova York e Londres. É evidente, porém, que a Amazon deve chegar ao país para empreender uma grande, ou melhor, gigantesca operação de e-commerce, que deve mexer com a vida de eventuais parceiros, concorrentes e consumidores. Faz todo o sentido. O setor de e-commerce no Brasil passa por uma fase positiva. Neste ano, deve faturar ao menos 20 bilhões de reais, segundo previsão da empresa de monitoramento de comércio eletrônico E-bit. É um crescimento de 35% em relação a 2010.
"A Amazon é uma empresa muito grande. Por isso, é improvável que venha para o Brasil só para vender livros", diz Carlos Affonso Souza, vice-coordenador do Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio Vargas (FGV). "O fator mais positivo é que sua chegada estimulará o setor de comércio eletrônico e funcionará como uma espécie de chancela, um reconhecimento de que o e-commerce brasileiro é maduro e promissor." Souza lembra que o interesse da Amazon no Brasil é antigo. Em 2005, a empresa tentou na Justiça tomar controle do domínio amazon.com.br, que pertence a uma empresa brasileira de soluções de TI chamada Amazon Corporation. Não obteve, contudo, um veredicto a seu favor.
O retrospecto de atuação da Amazon em outros mercados fornece mais um indício de que a empresa deve chegar ao Brasil para vender de tudo um pouco. A companhia nasceu em 1995, nos Estados Unidos. De lá, e desde então, expandiu sua atuação a outros países. Grã-Bretanha e Alemanha, por exemplo, ganharam operações locais já em 1998. França e China, em 2000. Canadá, Japão e Itália também estão na lista de nações que contam com escritórios locais da companhia.
Nesses mercados, a empresa aliou a oferta de um vasto número de livros em idioma local à venda do mix de produtos que a sustenta: computadores, material de escritório, casa e jardim, produtos de saúde e beleza, brinquedos, roupas e bugigangas, além da prestação de serviços, como o armazenamento de dados de grandes empresas. Nem todos os itens, contudo, saem de seus estoques. A estratégia tem sido recorrer a fornecedores locais, que usam a Amazon como uma vitrine, a partir de dois acordos. Em um deles, o parceiro usa a rede de distribuição da gigante do varejo para fazer seu produto chegar às mãos do consumidor. No outro, ele mesmo faz a entrega. Nos dois casos, recebe uma comissão da Amazon.
A logística de distribuição de produtos no Brasil é o "x" da questão acerca da entrada da companhia no país. Na China, por exemplo, a empresa americana iniciou suas operações construíndo uma rede de distribuição própria. Quatro anos depois, porém adquiriu por 75 milhões de dólares a chinesa Joyo, especializada no assunto. "A Amazon deve erguer sua própria logística no Brasil, mas não podemos descartar a possibilidade de ela adquirir um grande player nacional, que já tenha o seu modelo montado", diz Alexandre Umberti, diretor de marketing e produtos da E-bit. Umberti aposta ainda que o consumidor sera o principal beneficiado, uma vez que a empresa americana colocará em solo brasileiro seu know-how em áreas como atendimento ao cliente.
O certo é que o dia em que a companhia americana colocar os pés no país algo vai mudar na vida dos atuais protagonistas do e-commerce local. Um deles é a  B2W, que controla os serviços Submarino, Americanas.com, Ingresso.com e Shoptime, detentor de um faturamento de 4 bilhões de reais, em números de 2010. Procurada pela reportagem de VEJA para comentar a aproximação da Amazon do mercado brasileiro, o grupo preferiu manter-se em silêncio. Posição mais clara em relação ao seu negócio tem a Câmara Brasileira do Livro, entidade que representa interesses de editoras, livrarias e distribuidores. "A chegada da Amazon no país indicará um caminho inevitável e sem volta: ela terá de se expandir para outros negócios", diz Karine Pansa, presidente da CBL.

(Com reportagem de Paula Reverbel)

Fonte: Vida Digital, Veja.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Tecnologia 4G será solução para países emergentes, diz IEEE


SÃO PAULO – A tecnologia 4G (LTE) pode ser a solução para conexões banda larga em áreas rurais e urbanas em desenvolvimento onde a internet fixa é menos eficiente. A afirmação é de especialistas do IEEE, associação profissional global para o avanço da tecnologia.
De acordo com o IEEE, esta tecnologia wireless de alta velocidade pode auxiliar na expansão da educação à distância, proporcionar acesso a informações por agricultores e até mesmo ampliar o alcance dos cuidados de saúde com a telemedicina.
Com a transferência de dados em velocidades que variam entre 100Mbps e 1Gbps (mais veloz até mesmo que alguns acessos fixos), o 4G poderá eliminar o abismo digital que há entre grandes centros urbanos e rurais em países emergentes.
“O 4G, com um número maior de bandas de frequência do que as gerações wireless anteriores, permite que as operadoras utilizem o sinal de baixa freqüência que viaja muito além das estações de transmissor usando a mesma quantidade de energia. Isso amplia a cobertura geográfica a um custo menor do que as atuais gerações de tecnologia wireless”, afirma Shuzo Kato, membro do IEEE e inventor do chipset TDMA em 1986.
Segundo o Fundo de População das Nações Unidas, mais de 3 bilhões de pessoas em todo o mundo moram em áreas rurais. Mas como possuem densidade populacional mais baixa, o custo para cabear as regiões com fibra ótica acaba sendo um empecilho para sua propagação.
Além disso, as limitações de banda e cobertura das gerações anteriores de conexões sem fio tornaram-se um desafio para as operadoras, especialmente em países como Brasil e Índia, onde os investimentos seriam inviáveis para o tipo de serviço necessário.
Porém, uma recente pesquisa da Wireless Intelligence afirma que os mercados emergentes respondem por quase 80% do total de conexões wireless.
"Conforme o volume de assinantes de serviços wireless cresce em áreas rurais e em desenvolvimento, espera-se que os custos mais baixos com infraestrutura se traduzam em mais serviços e capacidade para todos, independentemente da localização, para auxiliar o crescimento industrial e econômico de forma mais eficiente”, diz Carlos Cordeiro, membro sênior do IEEE e arquiteto-chefe de normas para o Mobile Wireless Group da Intel.

Por Monica Campi, de INFO Online
• Sexta-feira, 20 de maio de 2011 - 11h44


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Brasil cresce e aparece ao alinhar TI aos negócios


Estudo mundial realizado pela IBM, batizado como "A essência do CIO" - realizado com mais de 3 mil líderes de TI de 72 países, sendo 190 do Brasil - destaca que são três as principais prioridades do CIO para os próximos cinco anos: inteligência de negócio, maior aproximação com os clientes e capacitação profissional. Estas prioridades foram as mesmas apontadas por CEOs no estudo Global CEO Study 2010, conduzido pela IBM com mais de 1,5 mil líderes de empresas de 60 países, incluindo o Brasil.

A pesquisa também reforça o crescimento do papel estratégico do CIO como impulsionador da transformação do negócio. Neste contexto, as ferramentas de business analytics, métricas preditivas e outras soluções que transformam informação em inteligência de negócio têm ganhado maior relevância no mercado.

Estas tecnologias aparecem no topo das prioridades do CIO brasileiro: 83% deles destacaram a importância de painéis de controle visuais interativos e que monitorem em tempo real informações estratégicas para a empresa. Soluções de análise de clientes aparecem como a segunda prioridade para os CIOs no Brasil, apontada por 75% dos entrevistados. Seguidas de perto por soluções de data warehousing, gerenciamento de dados e funcionalidades de busca (68%, 61% e 58%, respectivamente).

A partir das entrevistas, cada empresa foi classificada em um dos 4 mandatos referentes à adoção de TI identificados pelo estudo: Alavancar, Expandir, Transformar e Desbravar. No primeiro mandato (Alavancar) enquadram-se as empresas que estão em um momento de rever o ambiente legado e utilizam a tecnologia com foco em manutenção e automatização de alguns processos de negócios. Na amostragem global, 14% das organizações estão neste perfil – no Brasil, o número cai para 9%. No mandato Expandir, no qual é possível identificar uma TI com maior influência nos negócios e que vai além das questões operacionais, estão quase metade dos entrevistados: 50% global e 45% Brasil.

Segundo o gerente de consultoria de TI da IBM Brasil, Marcelo Piassarollo, esse resultado reflete uma rápida evolução do País na forma de se pensar o papel da TI nos negócios e torná-la cada vez mais alinhada com as expectativas dos CEOs.

“Há apenas cinco ou seis anos veríamos a maioria das empresas brasileiras no mandato Alavancar. Em um curto espaço de tempo conseguimos nos igualar à média dos mercados desenvolvidos, o que demonstra que o Brasil chegou ao seu melhor momento de crescimento e maturidade”, afirma. “Esse resultado é proveniente do aquecimento do mercado local, que levou – e continuará incentivando – as empresas a buscar uma TI que acompanhe o crescimento de seus negócios”.

O executivo identifica que levará cerca de dez anos para que a maioria das empresas do País passe para o mandato Transformar, que tem um foco maior em otimização, simplificação e inovação, em um cenário no qual a tecnologia seja coparticipante do processo de transformação do negócio. Hoje, 23% dos entrevistados mundiais, e 28% dos brasileiros, encontram-se neste perfil.

O estudo identificou que 18% das empresas brasileiras pesquisadas, ante 13% das mundiais, se encontram no quarto mandato de adoção de tecnologia: o Desbravar, que contempla uma TI que seja capaz de promover inovação no desenvolvimento de produtos e no modelo de negócios de uma organização. No Brasil, a maioria das empresas que se encontram nos mandatos Transformar e Desbravar é dos segmentos de Varejo, Finanças e Seguros.

“Por meio da definição dos mandatos o CIO terá uma visão mais clara de seu papel na organização e poderá promover a utilização da tecnologia em favor das prioridades de negócios. Os mandatos são definidos a partir destas necessidades estratégicas e o mais indicado será o que melhor atender aos objetivos da organização”, complementa Piassarollo. “Um mandato não é, definitivamente, melhor que o outro e precisa ser definido de acordo com o nível de maturidade da empresa e do seu alvo para os próximos anos”.

A pesquisa apontou algumas sugestões para os líderes de TI seguirem esse caminho:

- Decodificar os dados, entregando informações pertinentes ao negócio

- Sugerir ferramentas que auxiliem na tomada de decisões em tempo real

- Indicar novos canais de interação com clientes e parceiros

- Promover a integração entre TI e negócios

- Utilizar redes sociais para melhor compreender a percepção dos clientes sobre a empresa

- Incentivar a inovação

- Aumentar a transparência e promover a colaboração com parceiros de negócios

- Padronizar e simplificar processos

- Delegar aos parceiros de negócios funções não estratégicas de TI

- Obter profundo conhecimento do negócio; e

- Liderar e dedicar parte do seu tempo à inovação

Fonte: :: Convergência Digital :: 18/05/2011 

IBM oferta data center em containers

Assim como Microsoft, HP, Google a IBM segui a tendência de Data Centers móveis.

SÃO PAULO - A IBM anunciou a oferta de novos data centers alocados dentro de containers para o Brasil.
Chamados de Data Center Portátil e Modular, os modelos ocupam um espaço físico 50% menor do que uma central convencional, alocada dentro de um prédio, segundo a empresa.
De acordo com o executivo de serviços da IBM, Flávio Duarte, os data center em containers demandam um orçamento 15% maior do que uma central tradicional, porém, oferecem uma eficácia energética superior de até 77%, além de serem ofertadas para o uso em até 14 semanas após o pedido.
A fim de resistir às mudanças climáticas do ambiente, os containers são equipados com sistema de ar-condicionado, sistema contra incêndios, blindagem contra poeira e vedação contra a umidade.
Por esse motivos, eles podem ser usados pela indústria petrolífera, mineradoras, obras de infraestrutura etc. Outra utilidade seria durante eventos que demandam grande capacidade de armazenamento e processamento, como a Copa do Mundo e Olimpíadas. 
"Algumas empresas de mídia, por exemplo, que virão ao Brasil para a transmissão do evento podem usar um PMDC na Copa e depois reutilizá-lo nas Olimpíadas”, explica Duarte.  Os data centers móveis também podem ser uteis para empresas com crescimento acelerado e com demanda de storage agressiva.
Os data centers em containers da IBM serão ofertados em três modelos: 6, 12 ou 16 metros.
Em março deste ano, a Aceco TI  concluiu a construção de um data center nos Andes a 4 400 metros de altitude. O data center pode ser considerado o ambiente de TI certificado mais alto do mundo.

Fonte: INFO Online

segunda-feira, 16 de maio de 2011

As 11 áreas mais valorizadas de TI – e seus salários


A crescente informatização das mais diversas atividades transforma a tecnologia da informação – ou TI, no jargão profissional – em uma área cada vez mais relevante economicamente. A expansão levou à especialização e, atualmente, é possível encontrar várias subáreas de TI dedicadas a tarefas específicas – e que demandam profissionais com conhecimentos igualmente aprofundados. Confira a seguir as principais divisões do setor e os respectivos salários médios pagos a novatos e a profissionais que atingem o topo da carreira, segundo levantamento da Catho Online, site que reúne e tabula ofertas de empregos e currículos. Deve-se levar em conta que o valor dos vencimentos varia de acordo com o porte da empresa e sua localização geográfica – companhias do Sudeste costumam pagar mais.

Hackers do PlayStation usaram serviço de Cloud Computing da Amazon para atacar.


O ataque à rede PlayStation Network – que finalmente está voltando ao ar hoje, após 26 dias offline – foi executado com uma ferramenta da Amazon, a Elastic Computer Cloud (EC2). É isso o que alega uma reportagem da Bloomberg, segundo a qual os hackers teriam alugado servidores da Amazon, por meio desse serviço, para realizar o ataque à rede PlayStation sem correrem risco de ser identificados. Os hackers teriam usado cartões de crédito roubados para alugar os servidores, de onde teriam disparado os ataques – sem que a Amazon percebesse. Se isso realmente tiver acontecido, é uma novidade e uma ironia: pela primeira vez, um serviço online foi utilizado para atacar outro. Novos tempos.

Fonte: Bruno Garattoni 16 de maio de 2011

domingo, 15 de maio de 2011

Uso de tecnologia pessoal para trabalhar é tendência, aponta pesquisa.

 

Levantamento da Forrester revela que 37% dos funcionários usam PC ou smartphone próprio no trabalho; departamentos de TI adaptam-se à onda.

Nunca os trabalhadores quiseram tanto tirar proveito, nas empresas, da tecnologia que usam em casa para executar melhor suas tarefas.
Uma pesquisa produzida nos Estados Unidos pela Forrester Research indica que, embora a prática não esteja plenamente disseminada, os funcionários usam cada vez mais, no trabalho, aplicações e aparelhos que não foram aprovados por seus empregadores.
De acordo com a pesquisa “Forrsights for Business Technology”, 37% dos funcionários afirmaram que usam seu próprio PC ou smartphone para trabalhar. E 26% deles foram mais longe: usaram seu próprio dinheiro para comprar software ou outra tecnologia.
A Forrester também descobriu que 15% dos usuários baixaram aplicações não autorizadas em seus computadores de trabalho no ano passado. Destes, 67% usaram de duas a cinco aplicações não autorizadas e 39% disseram usar estes apps diariamente ou várias vezes ao dia.
As aplicações não autorizadas preocupam os departamentos de TI encarregados de proteger a rede corporativa de ameaças externas e aplicar padrões de conduta. Mas os CIOs sabem que o local de trabalho tem se estendido para além do escritório e que é preciso mais tolerância com os funcionários que usam seus próprios aparelhos para permanecerem conectados em qualquer lugar.
Lon Anderson, vice-presidente corporativo de TI da ICF International, disse que, apesar de sua empresa prestar serviços para o governo federal dos EUA, “nós mudamos nossa política para permitir que outros aparelhos se conectem a nossa rede, além do equipamento corporativo padrão (BlackBerry). Nós estamos tomando medidas para executar essa ação de forma segura e com flexibilidade. É uma obrigação, da parte de TI, adaptar-se a mudanças no ambiente.”
De fato, alguns trabalhadores tentam implantar mudanças pelos meios adequados: 25% convenceram suas empresas a comprar algo novo e 22% convenceram seus chefes a mudar o modo como executam tarefas no trabalho.
Chenxi Wang, vice-presidente e analista da Forrester, prevê que a tendência vá continuar porque “é o que o cenário competitivo exige”.

(Lauren Brousell)